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Telescópio virado para buraco negro dá um gostinho dos resultados incríveis que vêm por aí



Por: Leo Escudeiro

Talvez você se lembre que, cerca de um ano atrás, astrofísicos transformaram todo o planeta Terra em um telescópio para tentar conseguir uma imagem de um buraco negro. Essa imagem ainda não está disponível, mas o pessoal por trás desse “Telescópio Event Horizon” (EHT, na sigla em inglês) acabou de liberar dados de períodos anteriores de observação, e isso deixou a gente ainda mais ansioso pelos resultados finais.

Os cientistas têm certeza de que quase todas as galáxias têm um buraco negro supermassivo em seu centro — algo compacto, mas incrivelmente enorme cuja gravidade distorce tanto o espaço que a luz não pode escapar. O buraco negro da nossa galáxia é chamado de Sagittarius A* tem quatro milhões de vezes a massa do Sol. Os cientistas do EHT analisaram dados de 2013, que incluíam o primeiro telescópio do hemisfério sul acrescentado à rede do EHT. Mesmo usando apenas esses dados antigos, os cientistas estão ficando bem perto de verem o buraco negro.

Mais uma vez, esses não são os resultados das impressionantes observações de 2017. Ainda assim, os cientistas detectaram pistas de estruturas próximas do buraco negro, a uma distância de três vezes o raio do horizonte de eventos do buraco negro. O horizonte de eventos é basicamente o sinal de “última chance de escapar” para a luz antes que ela mergulhe na escuridão inescapável do buraco negro. A adição do radiotelescópio APEX, de 12 metros, no Chile, possibilitou a resolução melhorada.

Basicamente, a estrutura está “mais próxima do horizonte de eventos do Sagittarius A* do que Mercúrio está do Sol”, disse Grant Tremblay, astrofísico do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, em entrevista ao Gizmodo. “Isso é um avanço técnico profundo e uma demonstração precoce do potencial do EHT.”

O Telescópio Event Horizon é uma rede de, normalmente, dez telescópios (alguns saíram, outros estão entrando, mas, atualmente, estão em nove), todos tentando capturar uma imagem do Sagittarius A*. Eles usam um método chamado de Interferometria de Longa Linha de Base (VLBI, na sigla em inglês) para criar uma imagem combinada. Leve em consideração que um telescópio é, basicamente, um espelho que foca a luz dentro de uma lente para criar uma imagem. Com o VLBI, em vez de um espelho combinando a luz, os dados de todos os diferentes radiotelescópios são levados a um lugar, comparados e alinhados com base no momento em que chegaram.

O EHT existe há vários anos, acrescentando novos telescópios no percurso. A tão promovida operação de 2017 ocorreu em duas semanas em abril passado. Os dados do Telescópio South Pole só se juntaram ao restante dos dados em dezembro de 2017. Portanto, tudo ainda está sendo analisado.

Além disso, a equipe escreveu em um comunicado recente:

A equipe do EHT passou vários meses primeiro estudando os dados combinados para garantir que todos os efeitos prejudiciais que pudessem degradar a imagem do horizonte de eventos fossem completamente compreendidos. Esses efeitos incluem turbulência na atmosfera terrestre assim como ruído aleatório e sinais falsos acrescentados por nossa própria instrumentação.

Ademais, neste ano, o grupo reobservou o Sag A* (assim como o buraco negro dentro da galáxia M87), com a adição de um telescópio na Groenlândia. “Essas novas observações, com um EHT altamente melhorado, vão nos permitir estudar mudanças em nossos alvos, as fontes de buraco negro, assim como confirmar quaisquer resultados dos dados de 2017.”

Portanto, se você estava se perguntando, é por isso que não compartilhamos nenhuma imagem impressionante de buraco negro do EHT por enquanto — elas ainda estão sendo trabalhadas, e teremos que contar apenas com pequenas “provocações” como essas.

[ApJ]

Imagem do topo: NASA

FONTE: GIZMODO BRASIL

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