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Mostrando postagens de janeiro 22, 2017

A história secreta do primeiro gato no espaço

Em 18 de outubro de 1963, o Centre national d’études, na França, se preparou para mandar um pequeno gato chamado Félix para o espaço. Depois de ficar para trás dos competidores soviéticos e americanos, o país estava ansioso em alcançar seu lugar na corrida espacial, com gatos por algum motivo. Mas, na hora do almoço, o bichano safado desapareceu, e uma heroína acidental apareceu para tomar seu lugar. Seu nome era Félicette. Das ruas de Paris, essa gatinha de smoking apelidada de “Atrocat” alcançaria alturas jamais galgadas pela espécie felina. Em 24 de outubro de 1963, Félicette subiu 210 quilômetros acima da Terra no foguete francês Véronique AG1, voando alto no deserto do saara argelino. Ela voltou quinze minutos depois, já condecorada como heroína de sua nação. Após seu pouso, cientistas franceses do Centro Educacional para Aviação e Pesquisa Médica (CERMA) estudaram as ondas cerebrais de Félicette para ver se elas tinham sido alteradas na sua viagem. Embora não se saiba muito

Novo satélite da NASA mostra imagens da Terra de tirar o fôlego

A LUA E A TERRA NA VISÃO DO GOES-16 (FOTO: NASA/ NOAA) O satélite meteorológico GOES-16, também conhecido como GOES-R, mostrou que não brinca em serviço. Em sua primeira imagem enviada, o aparelho administrado pela NASA e a NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration) revelou pontos de vista maravilhosos da Terra — e bem importantes também. Como o nome sugere, o satélite, que foi lançado dia 19 de novembro de 2016, é o 16º da série GOES (Satélite Ambiental Operacional Geoestacionário, na sigla em inglês). Desde 1975, satélites do tipo são usados para previsão do tempo e outras atividades relacionadas. Diferente, de seus antecessores o GOES-16 consegue observar a formação de tempestades em questão de minutos. "As imagens incrivelmente nítidas são tudo o que esperávamos com base em nossos testes antes do lançamento", afirmou o administrador assistente do NOAA Stephen Volz. O aparelho está posicionado a 35 mil km da Terra e está em órbita geoestacionária, ou s

Lentes cósmicas suportam descoberta de expansão do Universo mais rápida do que o previsto

HE0435-1223, localizado no centro desta imagem de campo-largo, está entre os cinco melhores quasares ampliados por lentes descobertos até à data. A galáxia no plano da frente cria quatro imagens distribuídas quase uniformemente do quasar distante em seu redor. Crédito: ESA/Hubble, NASA, Suyu et al. Usando galáxias como lentes gravitacionais gigantes, um grupo internacional de astrônomos, com o auxílio do Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA, fez uma medição independente de quão rápido o Universo se está a expandir. A recém-medida velocidade de expansão, para o Universo local, é consistente com achados anteriores. Estes estão, no entanto, em discordância intrigante com medições do Universo primitivo. Isto sugere um problema fundamental no cerne da nossa compreensão do cosmos. A constante de Hubble - a velocidade a que o Universo se está a expandir - é um dos parâmetros fundamentais que descrevem o nosso Universo. um grupo de astrônomos da colaboração H0LiCOW, liderado por Sherry

Fugas rápidas de gás descobertas, pela primeira vez, em anã branca

Em fevereiro de 2016, a erupção anômala da nova anã SS Cyg durou mais de 3 semanas. Este comportamento explosivo no rádio foi visto durante todo o evento, estando o momento mais intrigante situado no fim, onde uma única erupção, rápida, luminosa e gigante, atingiu um pico de ~20 mJy e durou 15 minutos. Esta é a primeira vez que tal erupção foi observada em SS Cyg. As erupções rápidas são definidas como variações intensas, súbitas e rápidas no brilho. Crédito: Universidade de Oxford As novas anãs (objetos parecidos com SS Cyg, que contêm uma estrela tipo-Sol em órbita de uma anã branca) são bem conhecidas pelo seu comportamento explosivo e repetido, mas de baixo nível, nunca tendo sido observadas com escalas rápidas de erupções. Já se sabia da existência de erupções em anãs brancas, estrelas de neutrões e até mesmo em buracos negros enormes que residem noutras galáxias. Estas estrelas alimentam-se principalmente de gás oriundo das suas estrelas companheiras através de acreção (ond

NuSTAR descobre novas pistas sobre "supernova camaleão"

Esta imagem do Observatório de raios-X Chandra da NASA mostra a galáxia espiral NGC 7331, numa imagem de raios-X a três cores. Os tons vermelho, verde e azul são usados para raios-X de baixa, média e alta energia, respetivamente. Uma supernova invulgar chamada SN 2014C, foi avistada nesta galáxia, indicada pela caixa. Crédito: NASA/CXC/CIERA/R. Margutti et al "Somos feitos de material das estrelas", disse o famoso astrônomo Carl Sagan. As reações nucleares que ocorreram em estrelas antigas produziram grande parte do material que compõe os nossos corpos, o nosso planeta e o nosso Sistema Solar. Quando as estrelas explodem em mortes violentas chamadas supernovas, esses elementos recém-formados escapam e espalham-se pelo Universo. Uma supernova, em particular, está a desafiar os modelos dos astrônomos de como as explosões estelares distribuem os seus elementos. A supernova SN 2014C mudou dramaticamente de aparência ao longo de um ano, aparentemente porque tinha expelido um

Descoberta uma das mais brilhantes galáxias distantes até agora conhecidas

O sistema de lente gravitacional BG1429+1202. Esta imagem mostra quão forte é a lente gravitacional de uma galáxia massiva (cor vermelha) quando atua sobre a luz de uma galáxia muito distante (de tom azulado), produzindo, neste caso, quatro imagens separadas e aumentando o fluxo total. Sem este efeito, o estudo detalhado de galáxias distantes como BG1429+1202 necessitaria da próxima geração de telescópios extremamente grandes, como o TMT e o E-ELT. Crédito: Gabriel Pérez (IAC), GTC, Isaac Newton Group e projeto DECaLS Uma equipa internacional liderada por investigadores do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC) e da Universidade de La Laguna (ULL) descobriu uma das galáxias "não-ativas" mais brilhantes no início do Universo. A descoberta de BG1429+1202 foi possível graças à "ajuda" de uma enorme galáxia elíptica ao longo da linha de visão do objeto, que agiu como uma espécie de lente, amplificando o brilho e distorcendo a imagem observada. Os resultados, pu

Micróbios podem sobreviver ao fino ar de Marte

Ilustração de como Marte poderá ter sido com água, quando quaisquer potenciais micróbios marcianos poderiam ter evoluído. Crédito: ESO/M. Kornmesser Um novo estudo descobriu que os micróbios, que estão classificados como dos organismos mais simples e antigos da Terra, podem sobreviver ao ar extremamente frio de Marte. A superfície marciana é atualmente fria e seca, mas há uma abundância de evidências que sugerem que rios, lagos e mares já cobriram o Planeta Vermelho há milhares de milhões de anos atrás. Como a vida existe virtualmente onde quer que haja água líquida cá na Terra, os cientistas sugeriram que a vida pode ter evoluído em Marte quando este era mais molhado, e que a vida poderá ainda existir mesmo agora. "Dos ambientes que encontramos aqui na Terra, existe um determinado tipo de micro-organismo em quase todos," comenta Rebecca Mickol, astrobióloga do Centro de Ciências Espaciais e Planetárias da Universidade do Arkansas em Fayetteville, autora principal do

Esta pequena moeda tem o arquivo microscópico de mil idiomas diferentes

Se você quer ter certeza de que todos os seus arquivos estão a salvo, é uma boa ideia manter backups em vários lugares. Essa é a ideia básica por trás do Rosetta Wearable Disc. O arquivo de mil idiomas diferentes utilizados em 2016 estão gravados em texto microscópico nesse pingente do tamanho de uma moeda. Ao produzir múltiplas cópias, linguistas podem assegurar que existirá uma chance maior do arquivo sobreviver por muitos séculos. Idealizado pelo pessoal do Rosetta Project – cujo o objetivo é criar uma versão moderna da famosa Pedra de Roseta, para que as futuras gerações tenham uma ferramenta para traduzir textos – o disco foi desenvolvido para durar até o ano 12000 d.C. Isto é, assumindo que a humanidade ainda estará por aqui, é claro. O Rosetta Wearable Disk é feito de níquel e mede apenas 2 centímetros de diâmetro. Ele é fabricado por um processo similar ao utilizado para fazer microchips: pequenos pedaços de níquel são atraídos para uma placa de vidro onde está gravada

“Ser a primeira negra no espaço foi um grito de que temos muito a oferecer”

(ILUSTRAÇÃO: ANDRÉ DUCCI) Nenhuma negra viajara ao espaço antes de Mae Jemison. Conversamos com a ex-astronauta sobre a representatividade no setor espacial Quando a médica Mae Jemison se tornou a primeira negra no espaço, em 1992, as mulheres já realizavam trabalhos de destaque na NASA. A luta para que isso fosse possível, como recorda o filme Estrelas Além do Tempo, não foi fácil. Em entrevista, Jemison fala sobre inclusão e diversidade na exploração espacial. Você detém o título de primeira mulher negra a ir ao espaço. O que isso representa para você? Com frequência somos deixadas de fora do avanço da humanidade. Quando voei ao espaço, fiquei surpresa ao saber que só caucasianas dos EUA e da Rússia haviam estado lá antes de mim. Sempre imaginei que todo tipo de pessoa teria ido. Ser a primeira foi um grito de que temos muito a oferecer, uma honra e responsabilidade. Eu me comprometi a incluir toda a perspectiva e o talento humanos na construção do mundo. O que pensa das m

Os novos trajes de astronauta da NASA vieram diretamente de 2001: Uma Odisseia no Espaço

Alguém na Boeing está num baita período Kubrick, como ficou claro nos novos trajes espaciais feitos para os astronautas da Boeing Starliner. Os uniformes azuis, revelados nesta quarta-feira, combinam um estilo retrô com um toque de modernidade. Os uniformes, aliás, parecem uma versão suavizada do traje espacial azul de 2001: Uma Odisseia no Espaço. Confira esta imagem do filme: E este brinquedo, baseado nos trajes do filme: Eeeee aqui está o ex-astronauta Chris Ferguson exibindo o novo traje da Starliner: Quase a mesma coisa! A grande diferença é que os uniformes de 2001 tinham capacetes maiores, com viseiras inclinadas, enquanto os novos trajes da Starliners têm uma viseira arredondada de vidro bem legal que lembra os tempos das missões Apollo. Mas nem tudo é sobre o visual. “A parte mais importante é que o traje te manterá vivo”, disse o astronauta Eric Boe, em comunicado à imprensa. “É muito mais leve, tem um encaixe melhor e é mais simples, o que é sempre bom. Sistem

Campus Party 2017 trará brasileira que descobriu supernova e faz pesquisa para a Nasa

A astrofísica brasileira Duilia F. Mello (Foto: Divulgação/Tommy Wiklind/Nasa) Duilia F. Mello falará sobre seus 20 anos pesquisando o espaço, de suas descobertas e do trabalho com o telescópio Hubble. A Campus Party 2017 levará a seu palco uma das representantes da ciência brasileira mais reconhecidas internacionalmente. A astrofísica Duilia F. de Mello falará aos campuseiros na quinta-feira (2) sobre seus 20 de estudo do universo, desde sua colaboração com a Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) até suas descobertas, como a de uma supernova (a explosão de uma estrelha). Ela mostrará ainda a imagem mais colorida já feita com o telescópio espacial Hubble, tirada em 2014. Neste ano, o evento de tecnologia, ciência e cultura nerd irá acontecer entre os dias 31 de janeiro e 5 de fevereiro, novamente no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. Após construir sua formação acadêmica na UFRJ, Inpe e USP, Duilia fez seu pós-doutorado no Instituto do Telescópio Espacial Hubble

Duas galáxias se envolveram numa briga, e saiu algo bom disso

Há muito tempo, em duas galáxias muito, muito distantes, houve uma grande confusão. Uma nova pesquisa sugere que, cerca de 200 milhões de anos atrás, a Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea localizada a 160.000 anos luz da Terra, entrou em um confronto intergalático com sua irmã mais nova, a Pequena Nuvem de Magalhães. Mas a melhor parte é o que veio a seguir. Christian Moni Bidin e sua equipe de pesquisadores na Universidade Católica del Norte, em Antofagasta, no Chile, estão estudando um possível resultado da briga. Os cientistas acreditam que um anel de seis estrelas jovens que encontraram na beira da Grande Nuvem de Magalhães, similar às estrelas azuis brilhantes na imagem acima, provavelmente nasceu após uma colisão da Pequena Nuvem de Magalhães com a outra galáxia. Colisões entre galáxias acontecem quando a gravidade puxa as duas massa cheias de estrela uma em direção à outra. Bidin e seu time acreditam que, neste caso, após as galáxias colidirem, se

Cientistas estão procurando por vida num exoplaneta muito próximo de nós

Com todo esse papo de colônias humanas em Marte, por que não sonhar um pouco mais alto? O Dr. Stephen Kane e seu time de pesquisadores da Universidade Estadual de São Francisco na Califórnia estão de olho num lugar a 14 anos-luz de distância do nosso sistema solar que pode ter condições para abrigar vida. O Wolf 1061, um sistema solar não muito longe do nosso, tem um interessante planeta chamado Wolf 1061c. Cientistas já sabiam da existência do exoplaneta desde 2015 e agora Kane e sua equipe descobriram que ele está dentro de uma zona habitável – região no sistema solar em que as condições atmosféricas poderiam abrigar água líquida. Apesar disso, Kane afirma que se há qualquer vida no planeta, deve estar vivendo sob condições hostis – similar às condições de Vênus – pois o Wolf 1061c está bem no limite da zona habitável, relativamente perto de sua estrela. “O sistema Wolf 1061 é importante porque ele está tão perto da gente e isso nos dá outras oportunidades de fazer estudos com