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Ancestrais mamíferos começaram a voar antes do que imaginávamos



A origem do voo ainda é um conturbado tópico na comunidade científica, como é o caso de qualquer história de origem. O voo provavelmente ocorreu diversas vezes em diferentes grupos. Os insetos possivelmente começaram a voar há 300 milhões de anos, e os pterossauros, os grandes répteis voadores, evoluíram há 230 milhões de anos. Adicione a essa mistura o voo planado e a complexa origem dos mamíferos e essa história passa a ficar ainda mais confusa.

Agora, cientistas anunciam um novo par de animais voadores ancestrais — e eles não são insetos, pássaros ou lagartos. São parentes dos mamíferos, e, com seus 160 milhões de anos, podem ter conquistados os céus dezenas de milhares de anos antes do mais velho mamífero voador. Eles estão a frente dos morcegos em pelo menos 100 milhões de anos.

As duas novas espécies “são os mais primitivos planadores da evolução mamífera, evoluindo cerca de 100 milhões de anos antes dos conhecidos planadores da subclasse de mamíferos theria”, o grupo inclui marsupiais e mamíferos placentários, de acordo com um par de dissertações publicadas esta semana na Nature.

Os cientistas descobriram ambas espécies na China, na Formação de Tiaojishan de 160 milhões de anos. Eles nomearam um de Maiopatagium furculiferum, que é a junção em latim das palavras “mãe”, das palavras que descrevem as membranas da pele que ele usava para voar e sua clavícula, que é parecida com o osso externo dos pássaros. Enquanto o outro recebeu o nome de Vilevolodon diplomylos, que usa a palavra “planador” em latim e palavras gregas para descrever o formato de seus dentes.

Membranas localizadas na parte inferior lateral dos braços destes animais, chamadas de patágio, foram encontradas na análise ultravioleta de ambas as espécies. Estas características, combinadas com as proporções dos membros, mostrou aos pesquisadores que elas poderiam planar sobre o ar. Uma das criaturas, a M. furculiferum, tinha dentes parecidos com os dos morcegos que se alimentam de plantas, enquanto a outra, a V. diplomylos, tinha dentes bem mais estranhos, diferente de seus contemporâneos – os cientistas acreditam que o animal era onívoro e herbívoro.

Você talvez se pergunte por que não me referi a estas criaturas, que mais parecem gambás de pelúcia, como mamíferos. Enquanto eles são formas mamíferas, os pesquisadores os consideram parentes extintos dos mamíferos modernos, em vez de um ancestral direto. Alguns acham que eles poderiam ser mamíferos, mas um estudo recente dos dentes de outro membro deste grupo de animais, chamado de haramiyida, deixa a dúvida se eles são mesmo ancestrais dos mamíferos ou um novo ramo na árvore filogenética.

Ainda assim, os pesquisadores escrevem que o M. furculiferum mostra evidência de se tratar de um animal que vivia em árvores que evoluiu para animais planadores, enquanto o V. diplomylos viviu um estilo de vida que até então acreditava-se fazer parte apenas de mamíferos planadores, como o esquilo voador.

A evolução faz um monte de coisas esquisitas, mas se elas funcionam, a evolução vai lá e faz de novo.

[Nature, Nature]

Imagem: Reconstrução por April I. Neander/UChicago

FONTE: GIZMODO BRASIL

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