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Ex-agente do governo norte-americado aponta a necessidade de estudo científico dos UFOs


Em entrevista para a jornalista Leslie Kean, Christopher Mellon afirma serem mínimas as chances de Hillary Clinton, caso eleitas, cumprir a promessa de liberar informações ufológicas

A jornalista Leslie Kean, autora do livro OVNIs - Militares, Pilotos e o Governo Abrem o Jogo da Idea Editora (confira nos links abaixo) tem uma coluna no periódico Huffington Post onde periodicamente trata da questão ufológica. Ela entrevistou recentemente o ex-agente do governo norte-americano Christopher Mellon, que ao longo de 20 anos serviu em várias posições nos setores de Defesa e Inteligência durante os governos Bill Clinton e George W. Bush. Mellon concordou em falar com Kean a respeito de seu interesse nos UFOs, o que é extraordinário diante de suas credenciais, pois nos postos em que serviu tinha credenciais de acesso muito elevadas. Ele é mais um especialista a se unir ao projeto UFO Data, e entre suas condecorações estão a Medalha de Ouro do Escritório de Reconhecimento Nacional, e a Medalha do Diretor de Agência de Inteligência da Defesa.

No Departamento de Defesa Christopher Mellon serviu em um comite que acompanhava todos os programas de acesso especial, a fim de eliminar desperdícios e duplicatas em termos de produção de documentos. Isso incluía visitas à Área 51 e outras instalações secretas. Ele também esteve durante dez anos no Comitê de Inteligência do Senado, onde supervisionou organizações como a Agência Central de Inteligência (CIA) e Agência Nacional de Segurança (NSA). Mellon se tornou o primeiro funcionário do Congresso norte-americano a revisar todos os programas compartimentados da NSA. Na entrevista realizada por Leslie Kean Mellon comentou que seu interesse pelos UFOs surgiu quando criança, ao ver um filme exibido pelo amigo do diretor de sua escola, mostrando um objeto discoidal voando em meio a um céu azul e nuvens. Ele passou em seguida a ler tudo que conseguia sobre a matéria, e durante seu tempo como agente governamental só revelou esse interesse a pessoas muito próximas.

Confira abaixo trechos da entrevista.

Leslie Kean: Hillary Clinton tem sido questionada sobre UFOs durante a campanha. Como ex-secretária de estado, é possível que ela soubesse de algum programa secreto envolvendo UFOs?

Christopher Mellon: Creio que não. Lembro-me de ocasiões quando oficiais da Casa Branca pediram acesso a programas do Departamento de Defesa (DoD) altamente compartimentados, e foram recusados. Acesso a tais programas se baseia na necessidade de saber, e em geral ninguém fora do DoD, nem o secretário de estado, precisa saber a respeito. Pessoas como Clinton ou John Podesta podem servir por anos em altos cargos e receberem muitos relatórios de Inteligência, mas sem nunca obter acesso aos programas compartimentados do DoD, que normalmente envolvem novos sistemas de armas. Informação a respeito vaza muito raramente porque não fica circulando, ao contrário de outras informações sobre as atividades de Inteligência.

Kean: Acredita que, caso eleita, Clinton possa obter novas informações sobre UFOs?

Mellon: Duvido muito que o DoD ou outra agência governamental esteja ocultando informação ufológica. Participei de uma grande revisão dos chamados "programas negros" do DoD, inclusive quando estive no Congresso, visitei a Área 51 e outras instalações militares, de Inteligência e pesquisa. Durante todos esses anos nunca encontrei a mínima evidência de envolvimento ou interesse do governo pelos UFOs.


Christopher Mellon

Kean: Clinton e Podesta têm expressado a necessidade de desclassificar documentos governamentais. O que você acha disso?

Mellon: A burocracia nunca é perfeita, e alguns documentos ainda não vistoriados podem vir à tona, mas acredito que eles não resolveriam o assunto dos UFOs nem trariam qualquer novidade. Lembro-me de um informe ufológico classificado somente por causa de fontes e métodos, e de fato explica de forma convincente e convencional o avistamento do piloto desse caso em particular. Há muitos documentos classificados relacionados a atividades na Área 51, na qual alta segurança é necessária. Mas são coisas legítimas que a sociedade norte-americana apoiaria, e não contém nada sobre UFOs, pelo que sei.

COMBATENDO O TABU QUANTO AOS UFOS

Kean: Você se lembra de algum incidente envolvendo UFOs enquanto trabalhava para o governo?

Mellon: Sim, houve alguns casos. Sabendo de meu interesse, um aviador naval me ligou um dia para informar que havia presenciado quando, minutos antes, um jato da Marinha pousou após ser circulado por um UFO em plena luz do dia. A Marinha não investigou o caso, pelo que posso dizer. Lembro-me ainda de uma ocorrência na Instalação de Rastreamento Óptico em Maui, que rastreia satélites, quando foram gravados 4 ou 5 objetos voando pelo céu noturno. Ninguém soube o que fazer e nenhum oficial do governo expressou o menor interesse, mesmo após a gravação ser exibida no programa Nightline da ABC. É frustrante para mim essa falta de curiosidade científica, devida a correção política.

Kean: Como acha que a imprensa e o público reagirão caso Clinton seja eleita, faça os questionamentos dentro do governo que prometeu, mas tudo dê em nada?

Mellon: Acredito que os teóricos da conspiração ficarão aborrecidos e não irão se convencer, enquanto o público em geral talvez conclua que os UFOs não são um assunto digno de atenção. Se Hillary Clinton realmente quer chegar ao fundo da questão dos UFOs, acredito que ela deveria ordenar ao Comando de Defesa Aeroespacial Norte-Americano (Norad) a responsabilidade de coletar e analisar informações sobre UFOs. Simultaneamente, ela deveria indicar o Escritório de Políticas de Ciência e Tecnologia para o trabalho de revisar as evidências disponíveis, coordenando tudo com outros paises e providenciar avaliações e recomendações científicas.

Kean: O tabu contra levar os UFOs a sério é um grande problema. Como podemos mudar essa atitude?

Mellon: Creio que a questão principal que temos que fazer é: "Existem casos ufológicos suficientemente bem documentados para garantir uma investigação científica do fenômeno?". Para mim, a resposta é sim. Os padrões nos dados são muito fortes, os informes vindos de testemunhas com credibilidade, e grandemente separadas no temo e espaço são muito similares, a evidência em vídeos e relatos de militares treinados e policiais muito extensa. Além disso, os dados obtidos por radares em casos selecionados correspondem distintamente às observações visuais tornando impossível ignorar a questão. Finalmente, quando alguém que você conhece e respeita, como um aviador naval, olha em seus olhos e diz que observou algo extraordinário de perto, é difícil não levar tal testemunho a sério. Mostra uma arrogância e uma ignorância terríveis quem ignora tais relatos. Deveríamos seguir de maneira imparcial essa trilha, não importa para onde nos leve.

Kean: Quais casos de UFOs têm credibilidade e para você são convincentes e impressionantes?

Mellon: Destaco alguns. Em novembro de 1989 13 policiais e centenas de outras testemunhas observaram dois objetos triangulares e silenciosos sobre a Bélgica. Esse foi o começo de uma onda de avistamentos que durou um ano. Radares em solo e em aeronaves coletaram dados, e a Força Aérea do país investigou os eventos junto a uma equipe de cientistas, além de consultar os Estados Unidos e países da OTAN, mas nenhuma explicação convencional pôde ser encontrada. Outro caso aconteceu em 30 de março de 1993 na Inglaterra, quando centenas de pessoas incluindo policiais e pessoal militar observaram uma nave triangular capaz de acelerar rapidamente em segundos a partir de uma posição em que pairava. O Ministério da Defesa Britânico (MoD) afirmou: "Nenhuma das explicações convencionais pode ser aplicada ao avistamento", e concluiu que a evidência mostrava que um objeto desconhecido de origem desconhecida estava operando sobre o espaço aéreo do país. Objetos similares foram vistos por policiais no sul de Illinois em janeiro de 2000, com comprtamento parecido com os casos belga e britânico. Até mesmo os desenhos produzidos pelas testemunhas eram semelhantes, mesmo os avistamentos estando separados por uma década. Outro caso aconteceu em 2006 sobre o aeroporto O´Hare, quando pilotos e pessoal do aeroporto observaram um objeto em forma de disco pairando por cinco minutos, mas mesmo assim nenhuma investigação governamental foi realizada.

Kean: Algumas pessoas acreditam que esses avistamentos podem se dever a testes de aeronaves experimentais do governo norte-americano, isso é possível?

Mellon: Posso entender porque muitos acham ser uma explicação plausível. Mas posso garantir que tais objetos não pertencem ao Departamento de Defesa. Antes dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 eu fui chamado pelo Escritório de Assuntos do Congresso do DoD. Eles estavam preocupados pois o senador Robert Byrd, líder do Comitê de Apropriações do Senado, exigia informações a respeito de um alegado programa de uma aeronave ultra-secreta chamada Aurora, que havia motivado reportagens em veículos como a Aviation Week e Space Technology. O senador Byrd poderia usar sua influência e prejudicar o orçamento do DoD caso não recebesse as informações. Verificamos tudo com o compromisso de providenciar uma resposta acurada. E confirmamos o que já sabíamos, que embora houvesse projetos avançados nas pranchetas de desenho, não havia nada remotamente similar ao Aurora operado pelo DoD. Não tínhamos nada com a capacidade de pairar e então acelerar silenciosamente a enorme velocidade. Além disso é completamente absurda a ideia de realizar testes experimentais de novos veículos sobre áreas povoadas, onde civis pudessem estar ameaçados e a segurança de projetos comprometida. Isso é completamente incoerente com os métodos militares, e a visita de alienígenas é mais fácil de acreditar do que esse tipo de estupidez sendo cometida pelas brilhantes pessoas que desenvolvem novas tecnologias aeronáuticas para o DoD.


Leslie Kean

INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA NECESSÁRIA

Kean: Você está seguro de que não há acobertamento governamental?

Mellon: É impossível provar uma negação, então tudo que posso dizer é que nunca vi nenhuma evidência de interesse oficial nos UFOs. Adoraria acreditar que existe um disco voador capturado guardado em algum lugar, mas nunca vi nada que apoiasse essa alegação. Em minha experiência, nas raras ocasiões em que um incidente ufológico envolve o governo, há um grande sentimento de estranheza e embaraço, e os agentes governamentais envolvidos querem somente deixar o assunto de lado o quanto antes. Os militares geralmente não mostram disposição de investigar mesmo quando casos envolvem seu próprio pessoal, e oficiais sênior têm tanto medo de ser ridicularizados que ocultam qualquer interesse ou curiosidade a respeito.

Kean: Alguns dizem que tecnologia obtida de UFOs existe, remetida a alguma companhia aeroespacial privada independente do DoD. Desse modo, seria removida de supervisão governamental e conhecida somente por poucas pessoas. Acha que é possível?

Mellon: Acho difícil imaginar algo tão explosivo quanto tecnologia alienígena recuperada sendo mantida em segredo por décadas. Então, embora eu não tenha razões para crer nisso, se existisse e eu quisesse mantê-la oculta, a tiraria do governo por completo e a colocaria em uma nova entidade, dentro de uma companhia privada de Defesa já existente, administrando tudo como o que chamamos de Atividade Independente de Pesquisa e Desenvolvimento (IRAD).

Kean: Então como ficamos, e o que precisa ser feito?

Mellon: Em meu ponto de vista, pedir o fim do acobertamento ufológico do governo é um beco sem saida, e não ajuda a inspirar ninguém no governo a ser mais aberto quanto ao assunto. O mistério dos UFOs é um problema científico. Um verdadeiro cientista procura e segue as informações não importa se os fatos sejam politicamente incorretos. A maior descoberta científica acontece quando verificamos informação que contradiz conceitos convencionais. Foi por isso que me uni ao UFO Data.

Kean: Estou feliz por se unir a nós. Que tipo de dados espera coletar?

Mellon: Nossa equipe de cientistass e engenheiros estão desenhando e construindo uma grande rede de estações de vigilância automáticas, com sofisticados sensores para captar uma grande gama de dados. As estações terão câmeras para gravar imagens e espectroscopia, magnetômetro, instrumentos para detectar radiação e outros. Serão móveis para que sejam rapidamente instaladas em locais que se tornem focos de atividade de UFOs. Nós então tornaremos os dados disponíveis para a comunidade científica para análises.

Kean: Você acha que os UFOs podem ser visitantes de civilizações extraterrestres?

Mellon: Certamente é uma possibilidade intrigante. Mas não acho que encontraremos nada sem uma profunda investigação científica. Convido o público a participar e apoiar esse esforço. Os achados do UFO Data de uma maneira ou outra poderão ajudar a resolver esse grande mistério e talvez ajudar a melhor entender o Universo e o lugar da humanidade nele.

FONTE: REVISTA UFO

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