A agência espacial norte-americana estuda um plano de 2,6 bilhões de dólares que propõe colocar um pequeno asteróide em órbita lunar por volta de 2025. A idéia é capturar uma pequena rocha espacial de cerca de sete metros de extensão e 500 toneladas de peso para poder estudá-la de perto, e com isso desenvolver técnicas para visitar outros asteróides, Marte, e ir além.
O estudo foi realizado por uma equipe do Instituto Keck para Estudos Espaciais na Califórnia. A NASA ainda está nos estágios iniciais de análise da proposta. Se realizada, a missão envolveria uma sonda não tripulada que manobraria o asteróide até colocá-lo em órbita da Lua. A missão desenvolveria técnicas de precisão para serem usadas em um futuro voo tripulado a um asteróide maior.
A proposta também defende a possibilidade de extrair água da rocha espacial, uma habilidade que em missões de longa duração poderia servir tanto para blindar uma nave da radiação quanto para obter água potável e combustível. De acordo com a equipe do Keck: "Extrair propelentes, água e outros elementos desse primeiro asteróide capturado poderia contribuir para o surgimento de uma indústria totalmente baseada no espaço".
Uma pesquisa no novo satélite da Lua poderia proporcionar estudos sobre a viabilidade econômica da exploração de asteróides, bem como auxiliar na elaboração de planos para desviar ou destruir rochas que ameaçassem a Terra. De acordo com a proposta: "Colocar um NEA [Asteróide Próximo da Terra] em órbita lunar criaria uma nova capacidade para exploração humana, algo não visto desde o Programa Apollo. Esse feito tem o potencial de inspirar uma nação, e seria a primeira tentativa da humanidade de modificar os céus, permitindo que os humanos vivam no espaço".
Explorar asteróides tornou-se uma prioridade para a NASA após o presidente Barack Obama, em 2010, pedir à NASA para enviar astronautas a um desses corpos por volta de 2025, e depois a Marte na metade dos anos 2030. Para isso a agência está desenvolvendo um novo veículo, a cápsula Orion, bem como um grande foguete intitulado SLS [Sistema de Lançamento Espacial]. Esse conjunto deve voar com tripulações por volta de 2021, e o primeiro voo não tripulado da Orion está previsto para 2017.
FONTE: NASA
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